A SOLIDÃO PROCURA

Mongol & Sérgio Dâmaso

Medo procurei o meu amor na lua
medo procurei o meu amor no sol
andei sobre a terra andei sob a chuva.

Medo, cadê a lua? medo, cadê o sol?
medo, onde está a terra? onde está a chuva?
medo, cadê o amor que não aparece para mim.

Sigo o apito desse trem nos trilhos da vida
sigo as luzes dos faróis iluminando o mar azul sem fim.

Não sei se vou encontrá-la nesse mundo
nos cafundós do silêncio do sertão
ou nas barrancas desse rio de leito fundo
que banha de lágrimas meu coração.

Minha poesia minhas rimas são primas durante o dia
durante a noite abrem a forquilha da solidão
tô tão cansado que nem sei o que pensar nessa agonia
se meus versos ainda falam de amor e de paixão.

O medo leva o meu coração
a pensar no que fazer
pra não morrer assim sem você.

E eu tenho medo de viver
achando que ela não existe
cadê você meu amor eu quero você.